Mês passado eu tive que fazer uma viagem de ônibus até a cidade vizinha, porém, se não fosse a torturante viagem de volta para casa que eu tive que enfrentar. Até ai nada de mais.
Não é de Deus viajar às 11:00 horas da manhã em ônibus sem ar condicionado. Ai...como eu sofro!
Entrei no ônibus e tinha exatamente uma única poltrona sobrando - coisa do destino? -, obviamente, eu sentei nela. Sentado do meu lado estava um lunático que olhou pra mim e perguntou se o ônibus ia demorar muito pra sair. E daí eu, que fui muito bem educada por mamãe, disse que achava que não. Mas se eu soubesse que respondendo a pergunta, automaticamente ele nutriria um enorme afeto pela minha pessoa, teria me fingido de surda-muda. E aí então ele perguntou um monte de coisa da minha vida (lógico que todas as minhas respostas foram falsas), não dei moral! Então ele ficou falando que não aguentava mais ficar viajando pra lá e pra cá que queria que a gripe suína fosse pro inferno e que o Serra deveria ser o próximo presidente.
Tudo isso enquanto eu olhava pra estrada, fazia cara de doida e rezava pedindo proteção aos Santos.
Só que depois, ele começou a cutucar meu braço, tipo pedindo atenção. Olhei pra trás desesperada e não tinha UM lugar vazio na porra daquele ônibus. Tava completinho. Ninguém em pé pra eu dar lugar e nenhum lugar vago pra eu sentar.
Quase chorei.
Eu poderia ter dito: CALA BOCA CARALHO!
Mas e se ele puxasse uma faca e me matasse? Eu tenho mesmo medo dessas pessoas e fico receosa em fazer qualquer tipo de movimento brusco que possa desencadear uma crise nervosa e psicótica no maluco mais próximo.
Daí eu peguei o celular e mandei a seguinte mensagem pra uma "certa pessoa": "Me liga porque tem um psicopata tentando me matar".
Aí ela me liga e tal e eu tive que enrolar no celular por uns 25 minutos. Os mais longos da minha vida.
Sendo que o cara, perturbado das idéias que é, achou que estávamos todos numa grande conferência e INTERAGIU em certas partes da conversa.
Perdoa Jesus, preguei chiclete na cruz.(até rimou) Só isso explica.
Quando finalmente desci do ônibus, o maluco veio atrás de mim.
Comecei a falar (ainda no celular): "Ele tá me seguindo. Eu vou morrer! Eu vou morrer!"
Mas daí o cara, assim como uma assombração vinda diretamente do inferno, sumiu.
Gente, SUMIU.
E eu não sei se fico aliviada ou com medo. Sério!
Por esta razão, venho através deste blog fazer o seguinte pedido:
Senhores malucos, psicopatas, endemoniados, lunáticos e perturbados em geral, FAVOR manter uma distância segura de mim.
Agradece.
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